17 de maio de 2007

A micareta do Dr. Êpa

O carnaval no Schopenhaus durou quase três meses, até o último cliente sair. Idéia do Dr. Êpa, que queria fazer uma espécie de micareta do Eisbein Absoluto, alguma coisa que fosse como uma rave, mas sem o lado homossexual da coisa.

Antenor: Ufa! Ainda bem que acabou essa micareta, o pessoal já tava bebendo vidro!
Lana Slutz: Pois é... eu tô tão cansada, mas não consigo sentar...
Lena Slutz: Eita, que a mulherada tava acesa! Glosei várias!
Lina Slutz: Mas só tinha nós três de mulher...
Antenor: Glup! O que deve ter de homem repensando a vida agora...

O pau comeu logo no começo do planejamento da micareta, pois Dr. Êpa, quase sesquicentenário, queria decidir a crooner da orquestra contratada.

Dr. Êpa: Mas como assim, não dá pra contratar a Aracy de Almeida?
Antenor: Não dá, doutor, o carnaval mudou, hoje em dia o povo quer pular, temos que fazer alguma coisa mais animada, temos que chamar aí uma Ivete Sangalo, uma Daniela Mercury, essas porras!
Dona Gerda: A Aracy morreu, seus burros!
Dr. Êpa: Então liga aí pra essa tal de Sangalo, ela faz o quê?
Sebastião Porreirinha: Isso mesmo!
Dona Gerda: Mas que pergunta cretina, é lógico que ela canta e dança!
Dr. Êpa: Ah, mas isso a Elke Maravilha também faz!
Dona Gerda: Mas a Elke Maravilha é um monte de pelanca...
Dr. Êpa: Hum... que tal então a Norma Bengell? Ela é um pitéuzinho...
Dona Gerda: Mas o senhor não lê jornal? Além de velha, essa daí rouba dinheiro!
Dr. Êpa: Eita, chamem a polícia então!

Quinta-feira anterior ao carnaval, no retiro dos artistas:

Atendente: Retiro dos artistas, boa tarde! Não, não, ela já morreu. Sim, há mais de trinta anos. Ah, sim, essa também já morreu, nem lembro quando foi... Bom, meu senhor, que canta e dança tem um monte, mas elas não lembram mais as músicas. Tá, obrigada, boa tarde!

Dr. Êpas: Não tem jeito, vamos ter que chamar a tal de Ivete.

Não perca o próximo episódio!

Aracy não foi porque preferiu contemplar seu microfone