28 de novembro de 2006

Pensamentos antenados pensados por Antenor

Antenor (cotovelo no balcão, cabeça apoiada na mão, o olhar perdido): É sempre assim... quem nasce prego sempre acaba encontrando um martelo...

Lina Slutz (olhando para o teto): É mesmo?

25 de novembro de 2006

Último capítulo da estonteante novela... Como é cruel cantar assim!


Com o encantador de multidões!!!!!


No capítulo anterior, nosso ídolo estava trinando suas formidáveis canções quando o homem nu subiu no palco e lhe fez uma pergunta enigmática: “Aspiurundub?” É neste momento em que retomamos o fio da meada para o último capítulo de nossa novela!

Último capítulo


Ao ver o homem nu subir no palco e agarrar os ombros do maior cantor em língua portuguesa de todos os tempos, o mundo começa a preparar sua reação.

O líder da Coréia do Norte aponta seus mísseis teleguiados para o coração do homem nu; George Bush configura seu satélite de 300 milhões de dólares para disparar um raio laser fulminante no pobre homem; Vladimir Putin secretamente teletransporta um agente da KGB para o Schopenhaus; e Evo Morales manda um pistoleiro embebido em cocaína acabar com aquela baixaria.

O mundo está em um suspense.

Homem Nu (em transe): Aspiurundub?

Antenor arma sua garrucha.

O agente secreto Kalimandov acaba de cumprimentar sua irmã Stolichnaya, engatilha sua arma e a aponta para a cabeça do homem nu.

Kim Jung-Om manda chamar seu ajudante-de-disparo-de-mísseis-nucleares.

“What’s going on?” pergunta Bush e Marvin Gaye aparece dançando na Casa Branca.

Evo Morales: Mas que puerra es esa, hombre de Dios?

Todas as câmeras de TV do mundo estão sintonizadas na face límpida e majestosa do nosso ídolo, à espera de uma resposta.

Mas eis que então...

Homem Nu: Aspiurundub?

Cauby Peixoto: Tepaintla!!!!!!!!!!!

E se abraçam, felizes e contentes.

Antenor: Eita porra!

Cauby Peixoto: Mas por onde você andou?????

Homem Nu: Papitinho!!!!

E começam um dueto de “Don’t Let Me Be Misunderstood”!

Ao final da inigualável canção, um tremor sacode o Schopenhaus. Vibrações externas estimulam o sono em todos os habitantes do planeta e então, uma nave espacial pousa na frente do bar, por onde saem o Homem Nu e Cauby Peixoto!

Fábio Júnior: Vamos gente, que está na hora do nosso show em Plutão!

Elba Ramalho: Vamos fazer um concerto-protesto, para devolverem Plutão à categoria de planeta!

Cauby Peixoto e o Homem Nu sobem na nave e ganham o espaço sideral, deixando saudades nos corações de todos os que os conheceram!

17 de novembro de 2006

Como é cruel cantar assim – uma novela em capítulos!


Caros leitores, nossa novela aproxima-se do final... então, aproveitem para curtir com toda a intensidade a maior garganta de todos os tempos, a voz que encanta multidões... ele, Cauby!



Encontramos o ídolo maior de todas as gerações, a voz de veludo, caminhando em direção ao palco, para trinar suas magníficas canções. No entanto, poucos sabem que o que impulsiona o astro Cauby Peixoto para o pequeno palco do Schopenhaus é uma cruel vingança...

Capítulo 5



Cauby chega ao palco e ajusta o microfone, os olhos fechados, cabalando sua vingança. Ele sente a expectativa da platéia no ar... são 15 mil espectadores suados e ansiosos no Schopenhaus, sem contar os direitos de transmissão que foram vendidos para todos os países do mundo.

A guerrilha do Kosovo pediu uma trégua à Sérvia, no que foi prontamente atendida. O líder norte-coreano ameaçou bombardear Nova York se os Estados Unidos não lhe enviassem, em 24 horas, uma TV de alta definição para assistir ao show. O primeiro-ministro de Israel assinou um armstício de 1 hora com os palestinos só para não ser incomodado com o barulho de bombas. Até mesmo dona Lurdinha, que não gosta de comunistas, jurava que aquele barbudo perto do palco era o Osama bin Laden, que teria entrado no Brasil por Foz do Iguaçu.

Estava o mundo inteiro em suspenso, observando nosso astro se preparar para entoar suas lindas melodias. Então Cauby levanta a mão e pede silêncio – a turba fica muda. Ele abre seus olhos, sorri levemente e dispara:

Nicolau tinha uma fralda
A fralda do Nicolau
Sua mãe sempre dizia
Troca a fralda Nicolau!


Silêncio total na platéia. Em Brasília, os telefones começam a tocar: o presidente do Paraguai ameaça invadir o Brasil se Cauby não cantar “Conceição”; a TAP avisa que desviará um Jumbo da Varig para destruir o Pão de Açúcar se nosso astro não cantar “Bastidores”; e o líder de Tuvalu prometeu que obrigará seu povo a dançar a dança do tsunami que engoliria a Praia Grande, Santos e São Vicente caso o Garganta de Ouro não entoe “Retalhos de Cetim”.

A situação ia nesse pé quando os olhos triunfantes de Cauby param num canto perdido do balcão onde repousam os cotovelos de Antenor. Então o homem nu se levanta, caminha até o palco e dispara:

Homem Nu: (segurando Cauby pelos ombros e olhando firme nos olhos do astro): Aspiurundub?
O mundo pula num soluço.

16 de novembro de 2006

Como é cruel cantar assim – uma novela em capítulos!


Com o maior encantador de multidões deste país...




Enquanto o nosso ídolo rodava a cidade em busca do local de sua apresentação, o pessoal do Schopenhaus sentava a pua nos preparativos para a grande noite. É nesse ponto em que começa o novo episódio de nossa inebriante novela em capítulos!


Capítulo 4

Uma limusine cravejada de diamantes da Estônia pára em frente ao Schopenhaus. Automaticamente um tapete vermelho se desenrola do automóvel em direção à porta do bar, e então abre-se a porta do carro: imediatamente ouve-se milhares de fãs gritarem o nome da maior garganta já nascida em território brasileiro. Então uma perna sai do carro, depois outra e o corpo que sustenta a voz de veludo está de pé, encarando a porta do Schopenhaus. A porta do carro fecha-se e a gritaria termina.

Cauby (olhando a porta do Schopenhaus pensativamente): Caralho, vai ser mais fácil do que eu pensava.

Corte para o interior do Schopenhaus.

Dr Epa (atarefadíssimo, andando de um lado para o outro): Vamos, seus mulambentos, rápido com isso que o homem já está chegando!
Nico, o porteiro: Seu dotô, como se escreve o sobrenome do cara?
Dr Epa: Com CH, seu pedaço de bosta!
Dona Gerda: Esse cantor fala inglês? Se falar, eu posso receber o cara...
Dr Epa: Que inglês que nada! Volta pra cozinha e capricha no Eisbein, sua safardana!
Antenor: Seu Epa, temos apenas 4 copos...
Dr Epa: Limpos?
Antenor: Não, inteiros...
Dr Epa: Eita!

Toc toc toc: estão batendo na porta.

Um frio percorre a espinha de todos.

Corte para Flashback

Cauby Peixoto está dentro de sua banheira feita de rútilo cristal Swarovsky fumê, com faiscantes lasers internos, tentando limpar a própria merda de entre seus dedos com um cotonete.

Cauby Peixoto (pensando): Malditos! Ninguém faz o maior cantor da terra passar por um desagrado desses! Quando eu chegar nessa biboca esse véio vai ver com quantos palcos se faz um Canecão! (gritando) Conceiçãaaaaaaaaaaaao! A toalha!
Conceição: Que cheiro é esse, senhor?
Cauby Peixoto (ignorando retumbantemente a empregada): Eles vão ver... (rindo assustadoramente) a técnica Santa Esmeralda nunca falha!

Volta pro momento atual.

Dr Epa: Vamo lá, cambada, o melhor sorriso do mundo que o hôme tá lá fora! Nico, abre a porta!
Antenor: Eita!

Cauby Peixoto adentra o Schopenhaus entre gritos esfuziantes. Por um laivo de instante até pensa em se arrepender de sua terrível empreitada, mas não! Hoje esse bar vai ver o que é um show fracassar! Eles me pagam! Nas faixas, recém pintadas, o ídolo lê: Bem-vindo, Calbí Pêichoto. Mal apagado com corretivo, lê-se Biafra.

Cauby Peixoto: Gregory, meus sais! Esses energúmenos não só escreveram meu nome errado, como ainda reaproveitaram a faixa!
Gregory: é uma infolênfia, fenhor!

Então Cauby ruma ameaçadoramente para os camarins, acompanhado por Epa.

Dona Gerda: Num tô gostando desse moço nos meus aposentos...
Nico, o porteiro: Putiz grila! Esqueci minha coleção de revistas Rudolf na sua cama!

Cauby: Esse lugar fede...
Dr. Epa: Nos sentimos honrados pela sua presença em nosso singelo bar, ó grande bardo da existência brasileira!
Cauby: Humpf! Deixe-me a sós! Preciso de concentração! Gregory, retire o gentleman, por favor.
Gregory (pegando o Dr. Epa pelo colarinho): Ferá um pfazer, fenhor.

Cauby se senta na cama e percebe as revistas de mulher pelada de Nico, o porteiro. Com asco, ele se levanta e tropeça em algo – que é Flávia, a inflável, a amante de plástico de Nico, o porteiro!

Emputecido, nosso astro resolve que é hora de começar o show. Ele sai do seu camarim e segue para o palco. Seu ódio é tanto que ele já começará a destroçar a noite de todos logo na primeira música!

13 de novembro de 2006


Orgulhosamente apresentando...








o encantador de multidões!

No capítulo anterior nosso cantor favorito, esmerdeado, putíssimo das calças e humilhado em sua honra resolve topar uma apresentação num bar – contra todas as expectativas. É em sua limusine cravejada de esmeraldas da Lituânia que ele se encontra agora. Nesse meio tempo, começam os trabalhos para recepcionar a maior garganta que esse país já produziu.


Dr. Êpa (excitadíssimo): Negada, agora vocês vão ver do que são feitos os homens! Chamei o maior cantor do universo pra cantar aqui no Schopenhaus hoje e o homem topou!
Antenor: Eita!
Dr. Êpa: Vamo lá todo mundo, eu quero placas, faixas, quero tudo, hoje a gente lota essa bagaça!
Salustião Porreirinha: Eu nem acredito que vamos ter um show desse calibre aqui!
Lana Slutz: Finalmente vou dar pra um mega-star!
Dr. Êpa: Rápido, porra!

Então, em ritmo alucinado, nossos heróis começam a preparar as faixas, cartazes e preparar o velho palco desmontável. Stolichnaya, Smirnoff e Baikal, as garçonetes russas, bêbadas e desinibidas que não entendem português, não sacaram o que estava acontecendo, mas como eram bêbadas e desinibidas, viram que era festa. E dá-lhe vodka!

Fiori Gigliotti (diretamente do céu): E o tempo paaaaaaaaaassa!

10 horas

Antenor pinta o nome do ídolo numa enorme faixa feita de sacos de farinha grampeados uns nos outros.

11 horas

Dona Gerda enche o cachimbo de erva e começa a preparar o eisbein afrodisíaco, em doses homéricas.

Meio-dia

Cauby Peixoto (para o chofer): Gregory, meu caro, você tem certeza que esse endereço existe?
Gregory: É fim, fenhor. Eu fi no guia de Fão Paulo.
Cauby Peixoto (abrindo uma garrafa de Chatêau Petrus safra 1974, presente de François Miterrand): Mas vai devagar, Gregory, que eu quero degustar essa iguaria...
Gregory (calmíssimo): Cuidado com a lombada, fenhor.
Cauby Peixoto (ensopado): Caralho, Gregory!

13 horas

Dr. Epa se olha ao espelho e sorri: “Você ainda vai conquistar o mundo, gênio supremo!”

14 horas

Lana Slutz imerge em sua banheira, na qual ficará até anoitecer, se preparando para aprisionar o cantor em seus domínios de sedução e luxúria.

15 horas

Salustião Porreirinha, filósofo contemporâneo, trabalha febrilmente em sua “Ode ao Garganta de Veludo”, odisséia em setecentos e noventa e sete versos dodecassílabos que pretende declamar se a noite permitir.

16 horas

Cauby Peixoto: Esse lugar não está me parecendo com cara de ter um bar, Gregory.
Gregory (suando frio): Não se preocupe, fenhor. Está tudo fob contrgole.
Cauby Peixoto: Acho bom, Gregory, porque esses jovens estão com um olhar hostil para nós...

17 horas

Dr. Epa: E aí, cambada, tudo pronto?
Todos: Sim senhor!
Antenor: Ele nunca esquecerá nossa recepção, senhor.
Salustião: Fiz até uma ode, comparando-o com uma nuvem...
D. Gerda: Fiz 15 mil toneladas de Eisbein.
Lena Slutz: E a Lana já completou 8 horas na banheira...
Nico, o porteiro: Nossa, vai virar uva passa...
Dr. Epa: E você, Nico?
Nico, o Porteiro: Já passei meu uniforme novo, senhor!
Dr. Epa: Muito bom! Subam as faixas!

E as faixas subiram...

Dr. Epa: Um viva ao Biafra????????????? Pútis grila!

17:05

Gregory: Acho que é aqui, fenhor.
Cauby Peixoto: Schos... Schup... Schupam... caralho, como se fala o nome dessa espelunca?
Gregory: Xopingaus, fenhor.

10 de novembro de 2006

Como é cruel cantar assim – uma novela em capítulos













Com a participação dele, o encantador de multidões!


CAPÍTULO 2

No capítulo anterior, nosso amado Cauby Peixoto foi incomodado em sua cagada matinal por um impertinente telefônico, que despertou a ira do nosso cantor favorito. É quando ele ouviu a voz, do outro lado da linha, que começa o segundo capítulo da nossa emocionante novela...


Voz do outro lado da linha: Alô?
Cauby Peixoto (enfezado – literalmente): Quem fala?
Voz do outro lado da linha (gaguejando): Seu Ca... Cau... Cauby? É o mestre Cauby quem tá falando?
Cauby Peixoto (batendo o pezinho enlameado de fezes): E quem você queria que fosse, Ângela Maria?
Voz do outro lado da linha: Ah, que emoção... meu coração parece que vai parar...
Cauby Peixoto: O que você quer?
Voz do outro lado da linha: Seu Cauby, queria lhe convidar para enobrecer o pobre palco do meu bar com sua voz de veludo...
Cauby Peixoto: Se o palco do seu bar é pobre, chama o Nahim!

E desliga o telefone na cara.

Porém, nem mal dá as costas, Cauby Peixoto ouve o tilintar do telefone.

Cauby Peixoto: Caralho!
Voz do outro lado da linha: Desculpe a insistência, seu Cauby, mas é que seria uma honra para nós ter o senhor trinando suas lindas canções...
Cauby Peixoto: Honra?
Voz do outro lado da linha: Uma honra incrível... todos os nossos fregueses estão ansiosos com a possibilidade de vê-lo adentrar em nosso humilde bar...
Cauby Peixoto: Se o seu bar é humilde, chama o Ovelha!

E desliga o telefone na cara.

Porém, Cauby Peixoto tem uma idéia incrível. Olha para o telefone cravejado de diamantes de 21 quilates e torce para que ele toque novamente. Passam-se 1 minuto...

2 minutos

3 minutos

4 minutos

5 minutos

6 minutos

7 minutos

8 minutos

9 minutos

10 minutos... AHHHHHHHHHHHHHH MEU DEUS!

e Cauby Peixoto continua em frente ao telefone, esperando que o impertinente ligue outra vez. A ansiedade o consome, enquanto seu plano maquiavélico fermenta em sua cabeça. Agora ele deseja que o insolente ligue outra vez, e à medida que o tempo passa, ele deseja com mais ansiedade ainda.

E então o telefone toca.

Voz do outro lado da linha: Mister Peixoto, here is Barbara Bush, wife of the president of the United States. I would like to invite you to sing in the White House…
Cauby Peixoto: Agora não dá, to esperando uma ligação importante.

E desliga na cara.

Mas eis que o telefone toca novamente.

Voz do outro lado da linha: Herr Peixoto, eu querrrrer que o senhorrrr cante para o primeiro ministrrrro de Alemanha, yavolt!
Cauby Peixoto: Liga outra hora, por favor?

E desliga na cara.

E quando ele pensa que o impertinente não mais ligaria....

Voz do outro lado da linha: Seu Cauby, er, desculpe a insistência...
Cauby Peixoto (interrompendo): Eu topo, eu topo!!!!

9 de novembro de 2006

Como é cruel cantar assim – uma novela em capítulos

Orgulhosamente apresentando...












O encantador de multidões!


CAPÍTULO 1


O telefone de marfim indiano maciço toca – uma, duas, três vezes. Sentado, ele observa o aparelho com um ar de desolação.

Cauby Peixoto: Porque alguém sempre liga quando a gente está se aliviando?

Mas o telefone não desiste – e continua tocando, cada vez mais alto, até que a dor de barriga que Cauby Peixoto sente se mistura ao barulho intermitente do aparelho e o obriga a levantar-se da privada.

Cauby Peixoto: Espero que a ligação valha muito a pena, porque ninguém interrompe Cauby Peixoto de dar a sua cagada matinal sem ser severamente punido!

Ainda trêmulo após tanto esforço, o cantor alcança o telefone.

Telefone: Tu tu tu tu tu tu tu tu
Cauby Peixoto : Infâmia!

Cauby Peixoto volta ao banheiro de 300 metros quadrados, paredes preenchidas de legítimos azulejos portugueses fabricados em 1508, suas madeixas delicadamente encaracoladas pululando de fúria e desejo de vingança. Acomoda-se novamente no trono e seu esfíncter relaxa-se. Mas eis que então...

Telefone: Triiiiiiiiiiiiim! Triiiiiiiiiiiiiiiiim! Triiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Cauby Peixoto: Maldição!

Desta vez, ele se levanta rapidamente e corre em direção ao telefone – sem notar que seu esfíncter continua relaxado e deixando um rastro de alívio no caminho entre a privada e o telefone. Porém...

Telefone: Tu tu tu tu tu tu tu tu tu
Cauby Peixoto: Ah, se eu pego!

Ele recoloca o telefone no ganho e volta para o banheiro.

Caminhada de Cauby Peixoto em direção ao banheiro: Splosh! Splosh!

Cauby Peixoto: Argh! Esses pés que pisaram nos melhores palcos do mundo agora amassam sua própria merda! Se eu pego o filisteu que me fez cagar na minha própria casa!

Vermelho de ódio, Cauby senta-se pela terceira vez em sua privada de ouro, cravejada de diamantes e que tem um autógrafo de um fã na tampa. Entretanto, não por acaso...

Telefone: Triiiiiiiiiiiiim! Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim! Triiiiiiiiiiiiiiiim!

Agora é uma questão de honra para Cauby Peixoto atender o telefone. Num átimo, ele corre até a sua escrivaninha de mármore italiano, bordada de esmeraldas e pedras ônix, e levanta o telefone do gancho.

Voz do outro lado da linha: Alô?