12 de setembro de 2008

Uma vida na noite de James Hollywood - parte 1

Acorda com um raio de sol na cara. Lentamente, estica o braço em direção ao criado-mudo, alcança o isqueiro; com o pé, pega a jaqueta de couro, largada no fim da cama, e a joga para si. Tira do bolso interno duas batatas fritas e o primeiro Marlboro do dia. Dá uma longa tragada e deseja que tudo aquilo seja um sonho.
James Hollywood olha para o lado e vê a loira de seios enormes, emborcada ao seu lado – ele ainda pode vê-los espremidos contra os lençóis. Lembra-se de como a conquistou; e esboça um leve sorriso.
Agora, apaga o cigarro e dirige-se instintivamente ao banheiro. A água quente o envolve e chama de volta a realidade, porém ela não atende: como ele havia chegado ali?

Devia ser coisa daqueles caras. Entrou na casa e logo Onion Jack estava ao seu lado.
- Tenho algo para te mostrar.
Ele abriu a mão, revelando um pequeno quadrado, feito de folhas esverdeadas, densamente prensados. Os olhos de James Hollywood pulsaram.
- São do Afeganistão, cara, e fazem um estrago impressionante.
- Do Afeganistão? – quis verificar Hollywood. – Eles fazem ópio lá, cara.
- Agora estão diversificando – esclareceu Onion Jack, grave. – Muita pressão da ONU, e agora que os marines estão por lá também...
- Os marines?
- Para ver se pegam o Bin Laden. Ouvi falar que o Pentágono desenvolveu uns submarinos que se movem debaixo da terra, Jamie. E ninguém melhor para pilotá-los do que os marines, não é mesmo?

Agora ele se pergunta porque Onion Jack lhe chamara por um nome que podia ser até de um cozinheiro, mas não era o dele – por enquanto.

Aliás, quem é Onion Jack?

Um comentário:

Juju disse...

Uma pergunta que não quer calar: vocês também comeram aquela porcaria de einsbein do último post?

Isso aqui tá ficando cada vez mais confuso...