12 de julho de 2006

E viva o porco!

Ontem fui ao Shopenhaus. Me disseram: vai lá, rapaz, lá tem um Paprika Schnitzel que é de dobrar o eisbein. Como nada nessa vida é por acaso e eu já curto a culinária alemã, pensei – é hoje que eu vou chamar Wolkswagen de meu louro! De cara, recepcionado por garçonetes russas bêbadas e extremamente desinibidas, já comecei a mandar brasa na língua mãe de Schopenhauer, filósofo, aliás, de quem não conheço nada, mas invento pacas nas baladas. Mulher adora um intelectual.
- Gestahlt! Dobermann! Rottweiler! Meine mutter und meine füther ich bihn weissfüden – já mandando o xaveco na mulherada. Mas eu não sabia: Stolichnaya, Smirnoff e Baikal, as garçonetes bêbadas, russas e desinibidas do lugar, não só não entendiam nada de alemão como estavam tão bêbadas e desinibidas que nem de russo estavam entendendo mais nada. Passei a régua: Seu Antenor! Desce um Schnitzel e uma garrafa de Absolut no gelo que eu vou pra linguagem do corpo! E viva o porco!

Por Vanderley Sacramento da Rocha - Manuscritos de Porta de Banheiro - Ed. Schopenhaus

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