13 de julho de 2006

Press release do Schopenhaus

Feito por Mara Porpeta, ex-camelô, ex-estrela da Rudolf e agora assessora de imprensa

O Schopenhaus é um bar bem localizado, mal-falado e bem afamado nas bocas quentes e úmidas, nos seios túrgidos e saltitantes da fina flor da societé paulistana. Conhecido internacionalmente por seu atendimento vip, proporcionado por Stolichnaya, Smirnoff e Baikal, suas garçonetes russas bêbadas e desinibidas e por suas fartas porções de tremoço à milanesa, está no guia inglês Where is That Shit in Brazil desde sua primeira edição, em 1973.

Como lá a libido e a sem-vergonhice são desenfreadas, é de se esperar que haja, eventualmente, alguma treta no local, movida ou pelo excesso de álcool ou pela falta dele. Como as garçonetes estão sempre bêbadas mesmo, as porções alcoólicas são um esmero de choro, são torrentes de lágrimas alcoólicas. É claro que o atendimento é meio lento às vezes, e os cotovelos grudam no balcão, mas, afinal, o bom sexo é meio assim também.

Nunca tumultuado e às vezes meio vazio, o Schopenhaus nunca fechou as portas desde que foi inaugurado. Dizem que suas panelas nunca foram lavadas, o que, de acordo com a lenda, garante um sabor único aos pratos servidos, como o Eisbein Afrodisíaco – quem come garante que dá oito sem dobrar o eisbein.

Aliás, o porco tem um lugar todo especial no Schopenhaus. Um dos seus mais famosos habituées, o filósofo contemporâneo Salustião Porreirinha, concebeu a sua famosa teoria sobre o mundo após degustar o Eisbein do Schopenhaus. Com a palavra, o próprio Salustião Porreirinha: “Após comer o segundo eisbein da noite, a coisa tava dura e ansiosa... ao ver as garçonetes russas, que aquela estavam mais do que bêbadas e, por isso, bem além de desinibidas, a coisa ficou ainda mais dura e ansiosa... mas sou solteiro, porque o sexo desvia o intelecto do filósofo para questões inferiores, portanto, todo aquele jorro que deveria sair de uma cabeça subiu para a outra, e foi assim que surgiu o célebre axioma: O mundo é uma bisteca!”

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